quarta-feira, março 17, 2010

CAMPANHA SERRA NO DESESPERO

A truculência desinformada

por Luiz Carlos Azenha
Tem gente querendo ganhar notoriedade às custas do Viomundo. O objetivo é lançar denúncias vazias por aí, para ver se colam. Talvez seja parte da campanha difamatória a que se refere o Luís Nassif em post publicado hoje e que reproduzi aqui. Talvez seja dor-de-cotovelo.
Hoje um blogueiro do esgoto tentou levantar suspeição sobre o que seria “o programa do Azenha” na TV Brasil. Lamento informar, mas não tenho programa na TV Brasil. Não é novidade para ninguém que dirijo um programa que vai ao ar na TV Brasil. Fiz propaganda do lançamento do programa no site!
O programa é da Baboon Filmes, uma produtora independente de São Paulo que ganhou uma concorrência pública para fazer a revista Nova África. A concorrência foi pública, todos os documentos relativos a ela são públicos.  Cuido tão somente da parte editorial do programa.
Sou contratado da Baboon, assim como sou contratado da TV Record e fui contratado de várias emissoras.
Sou qualificado para o cargo que exerço: tenho 30 anos de televisão e quase 40 de carreira. Minha remuneração na Baboon, aliás, está bem abaixo dos padrões do mercado para o cargo que exerço e a responsabilidade que tenho.
A ideia de que minha presença na equipe do programa poderia ter influenciado o resultado da concorrência muito me honra. Mas ela é simplesmente falsa. Assim como não tenho um programa meu na TV Brasil, assim como sou empregado da Baboon, registro que a nota que recebi da comissão avaliadora foi ZERO. Isso mesmo: tirei ZERO. Apesar de ter na época quase 30 anos de televisão, a nota que a Baboon recebeu pela minha presença na equipe foi ZERO. A empresa entregou documentação incompleta a meu respeito. Resultado: minha presença na equipe não contou.
Não se trata, portanto, de algum tipo de acordo secreto, que resulte em vantagens políticas ou monetárias obscuras: é meu trabalho, para o qual sou qualificado, como integrante de uma grande equipe.
O resultado está no ar todas as sextas-feiras às 10 da noite; as reprises acontecem às segundas, 8 da noite. Dezenas de professores já requisitaram cópias do programa para uso em sala-de-aula. O programa dá audiência bastante razoável para uma TV pública. Não tenho qualquer dúvida de que, a longo prazo, vamos ajudar a mudar a visão eurocêntrica que nós, brasileiros, temos da África.
A equipe do programa é formada por feras: desde a historiadora Conceição Oliveira à repórter Aline Midlej, passando pelos repórteres cinematográficos Henry Ajl, Markus Bruno e Padu Palmério; a produtora Tatiana Barbosa; montadores de cinema como o Markito e o Augusto; roteiristas como Aldo Quiroga, Márcia Cunha e Ângela Canguçu.
Não sei quantos votos os prepostos de José Serra esperam obter para seu candidato espalhando mentiras por aí. Com certeza já perderam algumas dezenas, com sua truculência desinformada.
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16 de março de 2010 às 19:37

Nassif: A guerra política sem quartel

por Luis Nassif, em seu blog
No dia 29 de dezembro passado recebi  e-mail de um leitor, com informações sobre a guerra política a ser deflagrada este ano pela Internet.
Segurei as informações que me foram passadas, até ter uma ideia mais clara sobre os desdobramentos e conferir se as informações se confirmariam. Aparentemente estão se confirmando.
No final do ano passado, a FSB – empresa de assessoria de comunicações – foi incumbida pelo governador José Serra de preparar a guerra política na Internet, especificamente nas redes sociais. A empresa tem um contrato formal com a Sabesp e, aparentemente, outro com a Secretaria de Comunicação. Pensou-se em um terceiro contrato, com o Centro Paula Souza. Debaixo desses contratos, encomendou-se o trabalho.
Houve reunião em Brasília e a coordenação foi entregue ao jornalista Gustavo Krieger.
A primeira avaliação foi a de que a campanha anterior, pela Internet, tinha sido muito rancorosa e afastado o eleitorado. A nova estratégia consistiria em desviar os ataques para blogs críticos de Serra. Inicialmente, definiram-se quatro blogs: este, o do Paulo Henrique, o do Azenha e o da Maria Frô. Pessoas que tiveram acesso às informações da reunião não conheciam o da Maria Frô e estranharam sua inclusão. Mas quem incluiu conhecia.
Indaguei se, eventualmente, não poderia ser um monitoramento das análises, para se produzir argumentos contrários. Mas a fonte me garantiu que a ideia seria preparar ataques contra os quatro blogs através de um conjunto de blogueiros e twitteiros arregimentados na blogosfera: os «mercenários», como a fonte os definia.
O trabalho preliminar teria doze pessoas de escritórios de diferentes lugares do país. Durante o ano, a equipe seria enxugada, mas seriam mantidas cinco pessoas permanentemente dedicando-se à ofensiva contra esses blogs e outros que estavam em fase de avaliação. Haveria também a assessoria do ex-chefe de gabinete da Soninha – que está sendo processado por montar sites apócrifos injuriosos – e que se tornou o twitteiro de Serra.
Coloco a nota “em observação” porque, antes, busquei informações sobre Krieger e recebi avaliações positivas dele. Fica a ressalva.
Mas movimentações recentes em Twitters e Blogs indicam uma grande coincidência com o que me foi relatado. Especialmente o fato de parte relevante dos ataques contra os demais blogs estarem sendo produzidas justamente pelo assessor de Serra.
Lembro o seguinte: uma hora a guerra acaba. Passadas as eleições, os comandantes ensarilharão as armas e celebrarão a paz. Sobrará para os guerreiros contratados, que poderão ter sua imagem manchada indelevelmente. E, especialmente, para quem trabalha com comunicação corporativa.
PS: O Viomundo sente-se honradíssimo de figurar na lista dos blogs e sites a serem atacados.
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