segunda-feira, agosto 03, 2009

Da série para não comer mosca...


A grande 'crise fiscal' que a 
imprensa quer nos impor

Gasto do governo Lula com funcionalismo vai a 5% do PIB 

Deu na Folha - Os gastos do governo Luiz Inácio Lula da Silva com pessoal vão fechar este ano perto de 5% do PIB, refletindo os aumentos concedidos pelo petista nesta reta final de mandato e superando a era do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Em 2002, último ano do governo FHC, o gasto com pessoal havia atingido 4,86% do PIB, marca que não havia sido superada durante a gestão petista até agora.
Veja se conseguem entender. O governo 'gastador' está 'gastando' hoje 0,14% do PIB a mais que o governo passado com funcionalismo, com os servidores que atendem a parte da população mais carente, que precisa de serviço público. Quem escreveu essa matéria certamente coloca seus filhos em escola particular, tem plano de saúde etc, etc. Serviço público para estes é 'gasto' mesmo. 

Mas sabe quanto esse mesmo governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) está gastando a menos em encargos com juros da dívida pública se comparado à era do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)?
3% do PIB a menos.

Não se analisa política fiscal de um governo usando apenas uma variável, mas é claro, as manchetes preferem o irrelevante. Preferem deixar de lado uma análise competente sobre o papel desse funcionalismo. Afinal de contas, não dá para triplicar o número de Escolas Técnicas, recriar um sistema de extensão rural, criar um PAC, combater a corrupção e o desmatamento sem funcionários motivados e bem pagos. 

E vocês acham que o serviço público brasileiro está apenas 0,14% melhor agora? Não meus caros, a diferença é que o país cresceu mais, a base de comparação do PIB cresceu, permitindo mais contratações e melhores salários, com o mesmo percentual dos investimentos em pessoal. Você leu sim, investimentos. Afinal, há quanto tempo mesmo você não vê na TV alguma matéria falando das filas no INSS? 
Está bom? Ainda não, falta muito, mas melhorou muito. O ponto de partida era muito baixo. 
"Para transformar é preciso estabelecer um processo de transição através da ação sobre a realidade; a avaliação deve analisar as ações de transformação e não se os resultados já são suficientes ou se já atingiram nosso objetivos, o importante é ter um rumo, saber de onde partimos, o que estamos fazendo e para onde vamos". Lizeu Mazzioni 
 


,,,